Humorista do Canal Hipócritas é preso no Paraguai

A prisão de Bismark Fugazza foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes
Por: Brado Jornal 17.mar.2023 às 16h08
Humorista do Canal Hipócritas é preso no Paraguai

A polícia do Paraguai prendeu nesta sexta-feira, 17, o humorista Bismark Fugazza, do Canal Hipócritas. 

Bismark estava no país vizinho desde o fim do ano passado, quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão.

De acordo com as informações, o humorista será levado pela polícia paraguaia de Assunção, na capital, até a fronteira brasileira, onde será entregue aos agentes da Polícia Federal. A expectativa é que isso ocorra ainda hoje.

Bismark já teria dado entrada no pedido de asilo político no país vizinho, mas ainda aguarda a regularização da situação, segundo Augusto Pacheco, do Canal Hipócritas.


Humoristas denunciaram Moraes

Os humoristas Paulo Victor Souza e Bismark Fugazza e o jornalista Oswaldo Eustáquio denunciaram o ministro Alexandre de Moraes à Corte Interamericana de Direitos Humanos.

O documento foi protocolado em dezembro. Eles acusaram o magistrado de violar “os direitos de liberdade de expressão” no país, com “várias prisões temporárias decretadas ilegalmente”. Na ação, Souza, Fugazza e Eustáquio também denunciaram a aplicação de “multas desproporcionais” aos brasileiros, sem o devido processo legal.

Em um trecho do documento, os denunciantes alegaram que Moraes agiu para favorecer a si próprio. Eles afirmaram que a mulher do magistrado é sócia do ex-deputado Gabriel Chalita, que teria relações estreitas com Luiz Inácio Lula da Silva.

“O ministro age ilegalmente, fora de suas atribuições e limites”, dizem Souza, Fugazza e Eustáquio. “Não pode perseguir o cidadão comum por sua opinião, e não possui competência legal de fazê-lo. Não possui competência nem como presidente do TSE para mandar prender um cidadão inocente.”

Os denunciantes lembraram que Moraes pediu a prisão de Eustáquio e determinou diversas restrições nas redes sociais de Fugazza e Souza, “sem nenhum delito cometido por nenhum deles”. Eles reiteraram, por fim, que o ministro viola o devido processo legal e comete abusos judiciais.



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