Três meses depois de ter anunciado o encerramento de um processo de recuperação judicial que começou em 2016, a operadora de telefonia Oi fez um novo pedido à justiça. Na noite de quarta-feira 1º, a empresa protocolou o pedido de recuperação judicial, distribuído à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, e informou dívidas de R$ 43,7 bilhões. Desse montante, a quantia de R$ 1 bilhão se refere a dívidas trabalhistas.
A Oi vinha dando sinais de que pediria uma segunda recuperação judicial, o que é extremamente incomum. No início de fevereiro, a Justiça do Rio de Janeiro concedeu medida cautelar que protegeu a operadora, por 30 dias, do bloqueio de ativos por credores. A companhia também buscou proteção similar na Justiça de Nova Iorque.
Nesta quinta-feira, 2, a Oi afirmou, em comunicado ao mercado, que o pedido de recuperação judicial “demonstrou-se a medida mais adequada para a companhia e suas subsidiárias neste momento”. “O ajuizamento do pedido de Recuperação Judicial é um passo crítico na direção da reestruturação financeira e busca da sustentabilidade de longo prazo da companhia e de suas subsidiárias, e a companhia reafirma que continuará mantendo regularmente suas atividades”, afirmou.
No comunicado, a Oi diz, ainda, que o pedido de recuperação judicial será submetido “à ratificação dos acionistas em assembleia geral”.
Com a recuperação judicial aceita pela Justiça, uma empresa pode deixar de pagar os credores por algum tempo, mas precisa apresentar um plano para acertar as contas e seguir operando depois. Quando há falência, os bens da empresa são vendidos para pagar as dívidas da companhia, que deixa de existir.
Na primeira recuperação judicial, a Oi tinha dívidas de R$ 65 bilhões com 55 mil credores.
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