Com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) empossou nesta quarta-feira, 8, o novo diretor-geral da corporação: Antônio Fernando Souza Oliveira. Junto, também foram empossados os novos diretores da instituição. Além da assinatura de posse no cargo, o novo comandante da instituição também firmou acordo de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes e um tratado de cooperação com o Ibama para o compartilhamento de informações nas áreas de fiscalização e inteligência. Em seu discurso, Fernando ressaltou que ingressa no comando da PRF em um momento de “reconstrução da nação” e que a Polícia Rodoviária Federal é um importante instrumento de apoio por se tratar da instituição federal com “maior capilaridade e presença no território nacional”. Um mês após os episódios de invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, onde vândalos depredaram os principais prédios públicos do país, o novo diretor-geral classificou os atos de violência como “um dos episódios mais deploráveis do Estado brasileiro”. “Nos últimos anos, atos isolados, alguns abomináveis, lançaram sobre a PRF o véu da desconfiança. A Polícia Rodoviária Federal, como órgão de Estado, não tem partido e não irá pactuar com qualquer investida contra a democracia”, afirmou. Antônio aproveitou para pontuar as principais atribuições da PRF, como o combate ao tráfico de drogas, o enfrentamento à criminalidade, a luta contra os crimes ambientais e o gerenciamento de segurança das rodovias brasileiras.
Em seu discurso, o ex-governador do Maranhão, Flávio Dino, ressaltou que as preferências políticas e ideológicas não interessam à corporação, já que se tratam da “esfera privada” dos servidores públicos. “Porém, essas características individuais não podem anular o principal: o compromisso de cumprir a lei”, disse. A fala do ministro da Justiça coincide com os recentes acontecimentos em torno da cadeira de diretor-geral da corporação, como é o caso de Silvinei Vasques, antigo comandante da PRF que é réu por improbidade administrativa por pedir votos ao então candidato à reeleição ao cargo de presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Além das solicitações de escolha no momento da votação, Vasques é investigado pela montagem de barreiras montadas pela Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições, em outubro de 2022, que poderiam ter atrapalhado eleitores de cidades menos favorecidas a chegarem em seus locais de votação. Em dezembro, Dino indicou Edmar Moreira Camata para o cargo de diretor-geral da corporação, mas mudou de ideia em decorrência das pressões e da repercussão negativa após a descoberta de que tratava-se de um nome crítico ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e apoiador da Operação Lava Jato, no passado.
Biografia
Natural de Salvador, na Bahia. Antônio Fernando Souza Oliveira, graduado em odontologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana e pós-graduado em cirurgia oral pelo Centro de Aperfeiçoamento da Associação Brasileira de Odontologia. Também é graduado em direito pela Universidade de Salvador, pós-graduado em direito tributário pela Universidade Anhanguera e mestrando em Ciência Jurídicas pela Universidade Autônoma de Lisboa. Ingressou na Polícia Rodoviária Federal em 1994, na 1ª Delegacia da Superintendência Regional da PRF, na Bahia. Desde então, atuou na gestão de serviços gerais, na Junta Administrativa de Recursos de Infração e no Núcleo de Apoio Técnico da 10ª Superintendência na Bahia, além da instrução de Processos Disciplinares e na gestão de Recursos Humanos, na 18ª Superintendência no Maranhão, totalizando 29 anos na carreira de policial rodoviário federal. Também exerceu o cargo de assessor parlamentar na Câmara dos Deputados e assessor de planejamento do Departamento Estadual de Transito do Maranhão.
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