A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) criou uma força-tarefa com apoio da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) para investigar a rede varejista Americanas.
A informação foi confirmada na terça-feira 17 pela CVM em resposta a um pedido de fiscalização do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU). Ontem, Furtado solicitou que a Corte investigue uma possível omissão na fiscalização da CVM sobre as inconsistências contábeis da Americanas.
O subprocurador-geral do MPTCU disse que houve um possível esquema de fraude na empresa e que a comissão tem como princípio básico defender os interesses do investidor, especialmente o acionista minoritário.
Questionada, a CVM informou que constituiu uma força-tarefa para instaurar procedimentos administrativos de análise, apuração e investigação. Também afirmou que está fazendo uso dos convênios e da cooperação que tem com a PF e o MPF, além de constante diálogo com a Advocacia-Geral da União, para coordenar atuação conjunta em juízo.
A crise na Americanas, uma das maiores varejistas da América Latina, tornou-se pública, depois da divulgação de inconsistências contábeis da empresa, que chegam a cifras de R$ 20 bilhões.
O grupo pediu à Justiça a suspensão de qualquer possibilidade de bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa. No pedido de tutela feito pela Americanas, a companhia afirma que a descoberta do rombo contábil pode acarretar “no vencimento antecipado e imediato de dívidas em um montante aproximado de R$ 40 bilhões”.
O valor de mercado da companhia caiu para R$ 1,75 bilhão, na segunda-feira 16. Inicialmente, antes da revelação do escândalo, a rede era avaliada em R$ 10,8 bilhões.
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