Depois da intervenção do Ministério Público Federal (MPF), a Nike decidiu proibir a personalização de camisetas da Seleção Brasileira com qualquer nome relacionado ao cristianismo, como Cristo ou Jesus. A customização com outros nomes, relacionados a outros cultos religiosos, como “Exu” e “Ogum”, já era proibida pela companhia.
O MPF interveio na forma de a marca lidar com a publicidade depois que as novas camisetas da Seleção foram lançadas, em agosto, com o serviço de customização, que permitia palavras do cristianismo, como Cristo e Jesus, mas considerava indisponíveis termos relacionados a religiões de origem africana. A camiseta custa R$ 349, e a personalização, R$ 14,99.
Internautas e consumidores reclamaram de desigualdade de tratamento, o que fez o MPF abrir a investigação. A Fisia, distribuidora da Nike no Brasil, fez acordo com a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão no Rio de Janeiro e passou a vedar qualquer termo relacionado a qualquer religião, para evitar discriminação religiosa.
A lista de termos “indisponíveis” no site da Nike também inclui vocábulos de cunho racista, palavrões e nomes de políticos.
O procedimento do MPF que levou ao acordo para excluir nomes cristão foi presidido pela procuradora da República Aline Caixeta. Segundo ela, a empresa se comprometeu a “aperfeiçoar” a lista de termos proibidos e a criar um canal de comunicação para receber reclamações e alertas de consumidores.
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