O laudo elaborado pelos psiquiatras designados pela Justiça Federal para avaliar a condição da saúde mental de Adelio Bispo de Oliveira está pronto. O parecer dos médicos-peritos conclui que “não houve cessação de periculosidade” e que Adélio continua com sinais de transtorno delirante paranoide e representa um risco à sociedade.
O documento foi divulgado pela CNN nesta quinta-feira, 25, e dará subsídio para o juiz do caso decidir se Adelio continuará cumprindo a medida de segurança ou se retornará ao convívio social.
Se o magistrado seguir o parecer técnico dos psiquiatras a hipótese é que o homem que atentou contra a vida do presidente Jair Bolsonaro permaneça recluso e em tratamento na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O prazo é por mais 12 meses antes que ele seja submetido a uma nova avaliação.
Esse é o mesmo diagnóstico que a Justiça levou em conta para considerá-lo inimputável no momento do crime. Por isso, em vez de prisão, foi imposta uma medida com caráter de internação para tratamento.
A Procuradoria da República no Mato Grosso do Sul confirmou que o Ministério Público apresentou manifestação nos autos após a conclusão do exame. Mas não divulgou o teor das considerações.
A Defensoria Pública da União, responsável pela defesa, se limitou a informar que teve acesso ao resultado da perícia. E que, pela legislação, não poderia divulgar informações sobre a saúde de Adélio.
Preso há 4 anos
Adélio Bispo está preso há quatro anos. Ele foi submetido a avaliação no final de julho. O atentando a faca contra Jair Bolsonaro aconteceu durante a campanha para as eleições de 2018, em Juiz de Fora (MG).
Em laudo de 2019, o ex-militante de esquerda foi diagnosticado com “transtorno delirante permanente paranoide”, o que não permite a punição criminal. Portanto, foi considerado inimputável.
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