O coletivo americano Indeclive realizou no domingo (21.ago.2022) uma simulação de uma partida de futebol que usou como bola uma réplica da cabeça de Jair Bolsonaro (PL). O ato, em protesto contra o presidente da República, que disputa a reeleição, foi feito no elevado Presidente João Goulart, conhecido como Minhocão, em São Paulo. O evento reuniu um número pequeno de pessoas. No Twitter, o coletivo disse que “manifestos são escritos a portas fechadas, mas para torná-los reais, todos precisam se envolver”. “Temos que transformar o público no campo de jogo, dar a todos a chance de se envolver, de se realizar juntos. FORA BOLSONARO.”
Os filhos do presidente criticaram o ato. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que o ato foi realizado com a réplica da cabeça do Bolsonaro, mas, para ele, os organizadores também têm “vontade de fazer” o mesmo com todos que apoiam o chefe do Executivo. “Eles fazem isso com Bolsonaro, mas a vontade é de fazer com a sua cabeça que apóia [sic] Bolsonaro também. Para eles, qualquer um que não apóie [sic] a esquerda é desprezível. Por isso eles não condenam regimes comunistas que mataram milhões, pelo contrário, enaltecem Stalin, Mao, Fidel etc.”
Já o senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o ato deveria ser “enquadrado como ataque à democracia e crime de ódio”. “Se fosse a cabeça do adversário bandido ou um semideus, a Justiça já teria enquadrado como ataque à democracia e crime de ódio. Mas como é só Bolsonaro é liberdade de expressão”, declarou.
Uma das pessoas que chutaram a reprodução da cabeça de Bolsonaro foi o atleta Tiely. No Instagram, ele publicou uma foto comparando o ato com o que foi feito em 2020 e comentou: “Chutando o mal pra longe Parte II”.
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