O suspense sobre a instação ou não da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MEC (Ministério da Educação), apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), na terça-feira, 28, continua. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que irá se manifestar sobre o pedido de instalação dessa e de outras CPIs, que estão na fila, depois da reunião com os líderes dos partidos, que acontece na próxima segunda-feira, 4. O requerimento protocolado pelo senador Rodrigues tem o objetivo de averiguar as suspeitas de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos que pesam sobre o ex-ministro Milton Ribeiro e dois pastores. Eles já são alvo da investigação Acesso Pago, da Polícia Federal (PF).
Desde que as denúncias sobre as irregularidades da pasta foram apresentadas, Rodrigues vem recolhendo assinaturas dos senadores. Porém só conseguiu reunir o mínimo necessário, 27 nomes (e depois estender a lista para 31 ), depois da prisão relâmpago de Ribeiro na quarta-feira, 22, pela PF. O ex-ministro foi solto no dia seguinte, na quinta, 23, quando o juiz federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedeu liminar revogando a prisão preventiva.
A perspectiva nos bastidores é de que Pacheco deve aceitar o pedido de instalação da CPI do MEC, pois o requerimento atende todos os requisitos necessários de acordo com o código da Casa: fato determinado, número mínimo de assinaturas e tempo de funcionamento das comissões. Apesar de postergar para a semana que vem a decisão, o presidente é conhecido por ser um constitucionalista, e por isso Rodrigues e seus apoiadores estão otimistas. Há outras três CPIs protocoladas há mais tempo, que partiram da base governista, que também aguardam o aval Pacheco. São as CPIs das Obras Inacabadas, das ONGs e do Crime Organizado.
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