PF encontra vestígios de sangue em barco de suspeito do desaparecimento de indigenista e jornalista

Amarildo da Costa de Oliveira, o ‘Pelado’, foi detido na terça durante buscas por Bruno Pereira e Dom Phillips
Por: Brado Jornal 10.jun.2022 às 06h43 - Atualizado: 10.jun.2022 às 07h02
PF encontra vestígios de sangue em barco de suspeito do desaparecimento de indigenista e jornalista
João Laet / AFP

A Polícia Federal (PF) informou nesta quinta, 9, ter encontrado vestígios de sangue no barco de Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como ‘Pelado’, que é tratado como suspeito no caso do desaparecimento do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Pelado foi preso em flagrante na terça, 7, e já foi requerida a prisão temporária dele. O material coletado na embarcação foi levado para Manaus de helicóptero para passar por perícia. Segundo a PF, também prosseguiram as buscas por ar e pelos rios na área em que Pereira e Phillips foram avistados pela última vez no domingo, 5. Na quarta, 8, a PF informou que trabalha com todas as hipóteses, incluindo com a de que os dois tenham sido assassinados.

Segundo a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Pereira e Phillips teriam visitado uma base da Funai em Lago do Jaburu, onde o jornalista fez algumas entrevistas com alguns indígenas no sábado, 4, para um livro que estava escrevendo. Na manhã de domingo, os dois iniciaram o retorno para a cidade de Atalaia do Norte; eles teriam combinado com antecedência uma visita  à comunidade São Rafael, onde Pereira se reuniria com um pescador apelidado de ‘Churrasco’, para consolidar trabalho conjunto entre indigenistas e a comunidade. Eles chegaram no local por volta das 6h da manhã, onde falaram com a esposa de ‘Churrasco’, já que o mesmo não estava lá, e, logo em seguida, continuaram o caminho rumo a Atalaia do Norte, onde deveriam ter chegado por volta das oito ou nove horas. Não houve mais contato com o brasileiro e o britânico desde então. Pereira, que era membro da Unijava, havia recebido ameaças de morte por seu trabalho em defesa dos indígenas e contra as atividades ilegais na área, que tem atividades de traficantes, garimpeiros, caçadores e pescadores.



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