O Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) iniciou investigação de uma denúncia de possíveis irregularidades no edital, leilão e contrato de concessão deflagrados pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais (Seinfra) relativos ao Aeroporto da Pampulha. De acordo com a denúncia, há indícios de favorecimento à empresa vencedora, a CCR.
O pregão ocorreu em outubro de 2021 e a Companhia de Participações em Concessões (CCR) pagou R$ 34 milhões pela a operação do primeiro aeroporto da capital. O processo, aberto no último dia 24 de maio, vai tramitar no Tribunal Pleno do TCE-MG e terá como relator o conselheiro Wanderley Ávila, segundo o G1.
O relator, inclusive, já enviou os documentos sobre possíveis irregularidades para a área técnica, para dar início imediato ao relatório técnico. O Aeroporto da Pampulha tem quase 30 hangares. Nos últimos cinco anos, a média anual de passageiros no terminal foi de cerca de 325 mil.
Pampulha atende o tráfego de aeronaves da aviação executiva e da aviação geral, sendo um dos principais polos de manutenção de aeronaves e helicópteros do país.
Em nota, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) informou que ainda não foi notificada a respeito de nenhuma investigação por parte do TCE-MG e informou que "a licitação do Aeroporto da Pampulha contou com a participação de 3 empresas e gerou um ágio de 245%, com outorga de R$ 34 milhões ao Estado".
Em nota à imprensa, a CCR Aeroportos informou que "sua participação no processo licitatório do aeroporto de Pampulha se deu dentro da estrita legalidade, de forma transparente e isonômica, resultando no vencimento do certame, após acirrada disputa, por uma outorga de R$ 34 milhões, que representou ágio de 245,29% sobre o preço mínimo. Neste sentido, a CCR Aeroportos informa que não foi notificada a respeito de nenhuma investigação por parte do TCE-MG, mas que, se e quando solicitada, atuará de forma colaborativa com o órgão".
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