PF não descarta possibilidade de indigenista e jornalista terem sido assassinados

Bruno Pereira e Dom Phillips estão desaparecidos desde o último domingo, e nenhum sinal deles foi encontrado
Por: Brado Jornal 08.jun.2022 às 18h05
PF não descarta possibilidade de indigenista e jornalista terem sido assassinados
Fotomontagem

A Polícia Federal (PF) não descarta nenhuma hipótese nas buscas pelo indigenista brasileiro Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips, que estão desaparecidos desde o último domingo, 5, no Vale do Javari, região no Estado do Amazonas. Eduardo Alexandre Fontes, superintendente da PF no Amazonas, afirmou que a possibilidade de que os dois tenham sido assassinados é apurada, assim como outras linhas de investigação. Fontes também destacou que a região é usada para atividades criminosas, como o narcotráfico, já que está na fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia, além de mineração, caça e pesca ilegais. Em entrevista coletiva do comitê de crise criado para a situação, foram divulgadas imagens das buscas, que estão sendo feitas por via aérea e pelos rios da área. No total, 250 homens estão envolvidos na procura, além de duas aeronaves, três drones, 16 barcos e 20 viaturas.

Segundo a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Pereira e Phillips teriam visitado uma base da Funai em Lago do Jaburu, onde o jornalista fez algumas entrevistas com alguns indígenas no sábado, 4, para um livro que estava escrevendo. Na manhã de domingo, os dois iniciaram o retorno para a cidade de Atalaia do Norte; eles teriam combinado uma visita prévia à comunidade São Rafael, onde Pereira se reuniria com um pescador apelidado de ‘Churrasco’, para consolidar trabalho conjunto entre indigenistas e a comunidade. Eles chegaram no local por volta das 6h da manhã, onde falaram com a esposa de ‘Churrasco’, já que o mesmo não estava lá, e, logo em seguida, continuaram o caminho rumo a Atalaia do Norte, onde deveriam ter chegado por volta das oito ou nove horas. Não houve mais contato com o brasileiro e o britânico desde então. Pereira, que era membro da Unijava, havia recebido ameaças de morte por seu trabalho em defesa dos indígenas e contra as atividades ilegais na área.



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