Uma pesquisa da consultoria norte-americana Edelman mostrou que o Brasil está entre os países que menos confiam na mídia: 47% disseram acreditar no que é dito por jornalistas.
De acordo com o levantamento publicado nesta terça-feira, 18, o índice representa um recuo de 1%, dentro da margem de erro, de 48% para 47%, em relação ao ano passado.
Ao analisar o cenário global, a pesquisa revela que a confiança na mídia caiu em 15 de 27 países. A queda na confiança é maior em países como Alemanha (-5%), Austrália (-8%), EUA (-6%) e Coreia do Sul (-7%).
A menor confiança na mídia é na Rússia, onde apenas 29% dos entrevistados disseram acreditar no que é dito na imprensa nacional. O país praticamente não tem imprensa livre.
Os sete países que demostraram confiança na mídia são: China (80%), Indonésia (73%), Índia (66%), Tailândia (66%), Arábia Saudita (64%), Emirados Árabes Unidos (64%) e Malásia (60%).
A China, que está em primeiro lugar no ranking, não tem imprensa livre e os veículos de imprensa são estatais, controlados pela ditadura de Pequim.
A pesquisa da consultora Edelman reuniu a opinião de 36 mil pessoas em 28 países e, além da confiança na mídia, mostrou um recuo na confiança global em governantes e profissionais da mídia nos países democráticos.
Países como Alemanha, Austrália, Holanda, Coreia do Sul e Estados Unidos foram os que mais perderam a confiança em seus líderes de governo, mídia, setor empresarial e ONGs.
A maioria dos entrevistados disse que jornalistas (67%) e líderes do governo (66%) tentam propositalmente “enganar as pessoas com o que sabem ser informações exageradas ou falsas”. A opinião é compartilhada por 63% dos entrevistados em relação aos executivos de negócios.
Como registra o portal Poder360, no relatório lançado em janeiro de 2020, meses antes do avanço da pandemia no mundo, 65% dos entrevistados acreditavam em governantes. A mídia, porém, já enfrentava a descrença de 56% da população. De lá para cá, apenas o setor empresarial manteve a reputação, com 61% de confiança do público.
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