A Polícia Militar do Distrito Federal aplicou multas em pelo menos 50 caminhões de bolsonaristas acampados na Esplanada dos Ministérios ontem (9), de acordo com o coronel Resende. Cada infração varia de R$ 6.000 a R$ 10 mil, segundo ele informou ao site UOL.
Com isso, a PM aplicou um total entre R$ 300 mil e R$ 500 mil em multas apenas na quinta-feira, terceiro dia de protestos em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o STF (Supremo Tribunal Federal).
A reportagem observou a lista de placas de veículos autuados que um major enviou aos seus superiores por meio de um aplicativo de mensagens.
O veículo seria usado pela PM para retirar os caminhões dos bolsonaristas. Mas duas mangueiras foram cortadas e impossibilitou seu uso pelos policiais.
Os bloqueios foram encerrados ontem à tarde, segundo o Ministério da Infraestrutura, mas ainda há concentrações em rodovias de alguns estados. Os manifestantes dizem só vão se desmobilizar após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para tratarem da atuação do STF. Até a noite de ontem, ele não havia se manifestado sobre esse pedido.
Os bloqueios de caminhoneiros começaram durante atos com pautas de caráter golpista em 7 de Setembro e seguiram ao longo de quarta (8) e de ontem.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Joel Ilan Paciornik negou nesta quinta-feira (9) o habeas corpus coletivo solicitado por caminhoneiros que protestam na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Eles se reuniram para participar das manifestações favoráveis ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no dia 7 de setembro e muitos estão acampados no local desde então.
Dentre outras coisas, eles pedem a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os manifestantes solicitavam que o governo do Distrito Federal não usasse às forças policiais para os retirá-los do local até o dia 20 de setembro.Na ação, os caminhoneiros dizem que o governador Ibaneis Rocha (MDB) teria mandado fechar a Esplanada, bloquear vaga de estacionamentos públicos e proibir a entrada de vendedores ambulantes para “inviabilizar o livre exercício dos direitos de manifestação e de liberdade de expressão.”
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta quinta-feira (9), que a paralisação dos caminhoneiros será mantida até este domingo (12). Bolsonaro destacou as consequências que os atos trazem para a economia do país, mas disse que o movimento “é um direito dos caminhoneiros”.
“Estive, hoje à tarde, com 12 pessoas. A maioria caminhoneiros. Vieram falar o que fazer. Eu falei: ‘Olha, para mim, vocês já fizeram uma coisa fantástica’. Ajudaram nesse movimento. Falaram [caminhoneiros] que vão manter o movimento até domingo, é um direito deles”, disse o presidente em uma transmissão ao vivo na internet.
Bolsonaro reiterou que o movimento foi organizado sem influência política, e disse ter alertado os participantes sobre as consequências da paralisação.
“Vão suspender depois de domingo, não influencio nisso. Fui bem claro: se passar de domingo, ir para segunda, terça, a gente começa a ter problema seríssimo de abastecimento, aumenta a inflação, influencia a economia. Foi fantástico o que eles fizeram, por livre e espontânea vontade, gastando dinheiro do próprio bolso, o recado que eles deram é que nós devemos respeitar a Constituição”, disse.
Os bloqueios de caminhoneiros em rodovias foram totalmente controlados, segundo boletim enviado pelo ministério da Infraestrutura às 14h30 desta quinta-feira (9), com base em informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo a pasta, ainda há pontos de concentração em rodovias federais de 13 estados
Mais cedo, ao menos nove estados registravam interdições e 15 tinham manifestações. Segundo a pasta, as tentativas de bloqueio foram reduzidas em cerca de 35% no início desta tarde.
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