A partir deste sábado, 17, a tarifa do transporte público de Feira de Santana será reajustada, passando de R$ 4,75 para R$ 5,15 para quem utiliza o cartão social Via Feira e de R$ 5,50 para os passageiros que pagam em espécie. A decisão foi tomada pelo Conselho Municipal de Transportes durante reunião na última segunda-feira, 13, e oficializada em decreto publicado na quarta-feira (15), no Diário Oficial do Município.
A medida tem gerado forte repercussão e críticas, tanto de parlamentares locais quanto de representantes da sociedade. Um dos principais críticos do aumento é o vereador Silvio Dias (PT), que questiona a necessidade do reajuste, dado que, segundo ele, o número de veículos em operação é inferior ao que foi previamente contratado pela prefeitura. Dias também criticou a atuação do Conselho Municipal de Transportes, afirmando que o órgão tem se reunido apenas para aprovar aumentos de tarifas, sem discutir melhorias no sistema ou fiscalizar o serviço prestado.
“Eu pretendo analisar com meu advogado o que podemos fazer juridicamente. Vamos pedir as planilhas [financeiras] e verificar se há realmente a necessidade desse aumento. O Conselho de Transportes não tem cumprido seu papel de representar a sociedade”, afirmou o vereador.
Além disso, o deputado federal Zé Neto (PT-BA) também expressou insatisfação com o aumento, destacando que o preço da tarifa de Feira de Santana está entre os mais altos do Nordeste. Em sua opinião, a medida é resultado de uma gestão ineficiente do transporte público, que, apesar dos altos custos, não oferece um serviço de qualidade para a população.
“O Conselho de Transporte se reúne apenas para aumentar a passagem e não para discutir a eficiência ou a formulação de um contrato que garanta um transporte coletivo de qualidade. A cidade tem um transporte caro, deficiente e ineficiente. O aumento impacta fortemente o bolso da população, mas pouco contribui para melhorar o serviço oferecido”, afirmou Zé Neto.
A crítica se estende também ao sistema de BRT (Bus Rapid Transit) da cidade, que foi parcialmente implementado com recursos públicos, mas não tem funcionado de maneira eficiente, agravando a insatisfação dos moradores com o transporte coletivo. Parlamentares e ativistas defendem mais transparência nas decisões e uma gestão mais focada na qualidade do transporte, e não apenas no aumento das tarifas.
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