O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou que invadiu outra fazenda no interior da Bahia na madrugada do último domingo (12). A ocupação durou até esta terça-feira (14). No final de fevereiro, o Movimento ocupou três propriedades da empresa Suzano no estado.
De acordo com publicação nas redes sociais do MST, cerca de 170 famílias tomaram a “Fazenda Recreio”, que abrange uma área de 1.400 hectares no município de Macajuba, na Chapada Diamantina, a cerca de 300 km de Salvador.
Após a nova invasão a bancada ruralista se reúne nesta terça-feira (14) para discutir o apoio à CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) afirmou em entrevista ao Canal Rural que há chance de se protocolar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as invasões de terra por movimentos sociais já nesta terça-feira (14).
Segundo ele, estão sendo coletadas assinaturas em três frentes, pois há três deputados que subscreveram pedidos de instauração de uma CPI para as invasões. “Aquela entre as três que tiver o [maior] alcance das assinaturas primeiro será protocolada”, disse em entrevista ao telejornal Rural Notícias.
O Governo do PT está preocupado com a repercussão negativa que as invasões estão ocorrendo, e teme prejudicar a imagem já no início do governo, isso porque as invasões estão ocorrendo principalmente no nordeste, a maioria no estado da Bahia, que tem como governador o petista Jerônimo Rodrigues, outro fato relevante é que o movimento está enfrentando forte resistência de produtores rurais que estão se unindo para expulsar o movimento e impedir as invasões, algo inédito na Bahia;
Segundo avaliação de especialistas, durante a campanha eleitoral o PT tentou limpar a péssima imagem do MST frente a população, Lula chegou a visitar vários acampamentos e mostrar um MST produtivo que poucos conheciam, o boné do movimento virou moda até entre artistas que apoiaram o atual governo, e o atual presidente chegou a afirmar que o movimento "Teria protagonismo no seu governo", porém após Lula assumir um dos diretores do movimento, Evanildo Costa, foi bem taxativo ao afirmar que “muitos conflitos vão pipocar” durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em poucos meses todo trabalho de reconstrução de imagem do movimento foi perdida e hoje o MST virou um estorvo que poderá trazer muitos problemas para o Governo Lula caso a CPI seja instalada.
Conforme o Canal Rural, ao contrário do que se divulgou na imprensa, não foi o MST que decidiu sair, a decisão foi motivada por conta da pressão e ação rápida de produtores rurais que chegaram ao local e pressionou a expulsão do movimento da fazenda na Bahia, a ação foi monitorada pela Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), que os parabenizou pelo desfecho da história. A Polícia Militar do Estado da Bahia foi chamada para evitar um conflito e mediou a retirada do grupo invasor.
As invasões estão sendo repudiadas até por deputados do próprio partido, nesta segunda-feira, o deputado estadual Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso do Sul, condenou a invasão de uma propriedade rural na cidade de Rio Brilhante por indígenas e foi criticado pelo (MST). Desde a semana passada, famílias das etnias kaiowá e guarani ocupam a fazenda, que pertence a um amigo do parlamentar.
As invasões de terras em 2023, durante apenas os três primeiros meses do novo Governo de Lula, já superam todo o primeiro ano do governo Bolsonaro, Segundo levantamento do Incra, em 2019 houve 11 invasões durante todo o ano do governo Bolsonaro e durante o Governo de Lula já somam 14 invasões.
Fonte: Canal Rural e CNN e R7
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