Justiça determina desocupação de áreas de empresa de celulose invadidas pelo MST na Bahia

Decisões judiciais se referem às áreas de Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas.
Por: Brado Jornal 07.mar.2023 às 06h37
Justiça determina desocupação de áreas de empresa de celulose invadidas pelo MST na Bahia
Justiça determina desocupação de todas as áreas de empresa de celulose invadidas pelo MST na Bahia — Foto: Divulgação/MST

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou nesta segunda-feira (6), a reintegração de posse de área da empresa Suzano Papel e Celulose, invadida por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na cidade de Caravelas, no extremo sul da Bahia. A fazenda está ocupada há oito dias.

Além dessa localidade, o TJ-BA determinou na sexta-feira (3), a desocupação da fazenda em Teixeira de Freitas e no dia 28 de fevereiro a de Mucuri, sob pena de 5 mil por dia em caso de descumprimento, além de autorizar o uso da força policial, caso haja necessidade.

Segundo o MST, as ocupações são para denunciar a atuação da empresa Suzano Papel e Celulose na região e também cobrar um acordo firmado em 2015 que não teria sido totalmente cumprido. Não há detalhes de qual seria esse acordo.

Ainda de acordo com o movimento, foram montadas nos acampamentos a estrutura com lona, barracões, cozinha e setor de atendimento de saúde. Desde que chegaram nas áreas, os acampados derrubam eucaliptos e, após a retirada, plantam árvores nativas e frutíferas, como mangueiras e goiabeiras.

Desocupação em Jacobina

Após um confronto com proprietários de terras e pessoas da comunidade, os integrantes do MST desocuparam, na sexta-feira (3), a Fazenda Limoeiro, na zona rural de Itaitu, em Jacobina, no norte da Bahia. A Polícia Militar (PM) foi acionada e disparou tiros de bala de borracha para conter a confusão.

Durante a ação, as barracas dos integrantes foram destruídas. A ocupação começou na segunda-feira (27), com a justificativa de que os 1.700 hectares da propriedade estariam improdutivos.

Em conversa ao g1, o MST classificou a ação como violenta e que foi colocada em risco a vida das pessoas. O movimento informou ainda que a fazenda está abandonada há mais de 15 anos.

Por meio de nota, a PM informou que policiais foram acionados para cumprir um mandado de reintegração de posse da fazenda. No local, teriam sido identificados alguns manifestantes e suas respectivas lideranças. A PM teria realizado a mediação do conflito e os invasores do terreno saíram de maneira espontânea. Guarnições da corporação permanecem no local.


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