O Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou nesta terça-feira (8) a assinatura de um acordo de nível técnico com o governo da Argentina para a concessão de uma nova linha de crédito de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 118,7 bilhões na cotação atual).
O acordo, antecipado pelo presidente Javier Milei, ainda precisa ser ratificado pelo Conselho Executivo do FMI, o que deve ocorrer nos próximos dias. O programa terá duração de 48 meses e prevê um prazo de pagamento de 10 anos, com carência de 4 anos e meio.
Em comunicado, o FMI destacou o “impressionante progresso inicial” das autoridades argentinas na estabilização da economia, incluindo forte disciplina fiscal, desinflação e uma recuperação gradual da atividade econômica.
“O programa apoia a próxima fase da agenda de estabilização e reforma doméstica da Argentina, com o objetivo de consolidar a estabilidade macroeconômica, fortalecer a sustentabilidade externa e desbloquear um crescimento forte e mais sustentável”, declarou o Fundo.
Estratégia via decreto
Sem maioria no Congresso, Milei utilizou um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) para viabilizar o acordo sem a necessidade de aprovação parlamentar. A manobra jurídica tem como objetivo reduzir o endividamento do Tesouro, reforçar reservas e dar maior previsibilidade ao mercado.
A Argentina enfrenta uma grave crise econômica, embora os índices de pobreza tenham apresentado uma leve melhora recentemente — de 52% para 38%, segundo dados oficiais.
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