Ex-presidente da Argentina é acusado de violência doméstica

Ex-presidente argentino afirma ter tomado conhecimento das acusações pela mídia e promete apresentar evidências de sua inocência
Por: Brado Jornal 07.ago.2024 às 08h21
Ex-presidente da Argentina é acusado de violência doméstica

A ex-primeira-dama da Argentina, Fabiola Yañez, de 43 anos, acusou nesta terça-feira (6) o ex-presidente Alberto Fernández, de 65 anos, de violência doméstica. As alegações surgiram depois de uma investigação do Ministério Público da Argentina, que inicialmente apurava abuso de autoridade e peculato contra o ex-presidente, mas encontrou provas de agressão contra Yañez.

O jornal Clarín informou que as evidências das agressões foram encontradas em registros fotográficos e áudios entre Yañez e María Cantero, secretária de Fernández. As provas, descobertas no celular de Cantero em junho, incluem imagens de Yañez com marcas de violência e áudios detalhando as agressões na residência oficial, a Quinta de Olivos.

Apesar das evidências, o caso foi arquivado na Justiça argentina depois que Yañez, contatada pelo juiz federal Julián Ercolini, disse que não desejava seguir com a queixa contra Fernández.

No entanto, com a mudança de opinião de Yañez depois que as imagens foram vazadas à imprensa, uma nova investigação criminal será aberta. A acusação foi feita diretamente ao tribunal por telefone. Ela atualmente reside em Madri com seu filho, depois de ter se mudado para a Espanha com Fernández, de quem se separou.

O advogado de Yañez, Juan Pablo Fioribello, declarou que não participou diretamente da acusação, mas que conversou com ela e percebeu que estava muito angustiada. Segundo ele, Yañez decidiu acusar Fernández de espancamentos e ameaças.

“[A Fabiola] ligou para o [juiz] Julián Ercolini e disse ‘quero fazer uma denúncia criminal, quero denunciá-lo pelos delitos, das agressões que recebi dele, e pelas ameaças que venho sofrendo'”, afirmou Fioribello ao canal La Nación.

Fernández negou as acusações de agressão. Segundo a imprensa local, o magistrado proibiu o ex-presidente de deixar o país e ordenou medidas de restrição e proteção contra ele.

Em um comunicado no X (ex-Twitter), o ex-presidente argentino diz ter tomado conhecimento das acusações da ex-mulher pela mídia e prometeu apresentar evidências de sua suposta inocência.

“Pela integridade dos meus filhos, da minha e também da própria Fabíola, não farei declarações na mídia, mas sim fornecerei provas e depoimentos em juízo que revelarão o que realmente aconteceu”, escreveu.



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