O presidente da Argentina, Javier Milei, disse que a ideia de dolarizar a economia do país ainda “existe”, mas “leva tempo”. Segundo ele, o Banco Central do país está fazendo “um trabalho enorme” para concretizar a medida, uma de suas promessas de campanha.
Em entrevista veiculada na quarta-feira (14) pelo LN+, canal do jornal La Nación, o líder argentino afirmou ser preciso “limpar o resto dos passivos pagos”, “continuar a trabalhar na questão dos acordos de recompra” e realizar uma “reforma do sistema financeiro”, para que “não fique vulnerável”, antes de seguir com a dolarização.
Milei falou sobre a inflação na Argentina. A taxa anual avançou para 254,2% em janeiro no acumulado de 12 meses, maior índice em 32 anos. O aumento foi de 42,8 pontos percentuais em relação aos 211,4% registrados em dezembro. A taxa mensal de janeiro foi de 20,6%.
Os dados foram divulgados na quarta-feira (14) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos).
O presidente argentino disse que esses 20,6% “parecem um número horrível”, mas que se deve analisar a situação em que o país se encontrava e a “herança” recebida pelo governo anterior. “Janeiro é um mês sazonalmente complicado. Deu 20. Caiu 5 pontos em relação ao mês anterior [a variação mensal de dezembro foi de 25,5%]. Vai para o nível de 15 e vai continuar diminuindo”, afirmou.
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