O maior coletivo de sindicatos da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), anunciou uma greve geral de 12 horas para 24 de janeiro.
Também haverá uma manifestação em frente ao Congresso nacional, em Buenos Aires.
O anúncio da mobilização veio nesta quinta-feira, 27 de dezembro.
A greve é uma reação ao decreto de reformas econômicas apresentado pelo governo do libertário Javier Milei (foto) em 20 de dezembro.
“É uma resposta a um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) ilegal. Não há necessidade ou urgência de aparecer com tantos artigos que invertem a matriz do país. Isso vai contra os direitos individuais e coletivos dos trabalhadores, e também contra o sistema de saúde solidário”, afirmou o secretário-geral da CGT, Héctor Daer.
“Enquanto ontem estávamos nos mobilizando, surgiu uma lei geral que ataca os aposentados. Eles querem fazer com que a fórmula da pensão desapareça com o aumento da inflação. Assim, muitas outras coisas: privatizações, não cuidar do patrimônio dos argentinos”, acrescentou.
A greve foi aprovada por unanimidade no comitê central da CGT, do qual participam sindicatos regionais de todo o país.
Mais detalhes do protesto serão definidos em 10 de janeiro.
A última vez que a CGT, ligada ao peronismo desde Juan Domingo Perón, convocou uma greve foi em 2019, durante o governo de Mauricio Macri, hoje aliado de Milei.
Além da CGT, participarão da greve outra das principais uniões de sindicatos da Argentina, a Confederação dos Trabalhadores Argentinos (CTA), e a União de Trabalhadores da Economia Popular (UTEP), o sindicato dos “piqueteiros” peronistas.
Até esta quinta-feira, 28 de dezembro, Milei enfrentou apenas uma manifestação promovida por piqueteiros não peronistas, que acabou sendo menor do que o esperado.
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