O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou na terça-feira (26) que o Banco Central do país irá emitir notas de 20.000 e 50.000 pesos argentinos. A medida é uma tentativa para diminuir a quantidade de papel-moeda em circulação no país, que passa pela maior inflação em 32 anos.
A medida foi confirmada por Milei em entrevista ao canal LN+, do jornal La Nación –a 1ª desde que assumiu a Casa Rosada. Ao ser questionado pelo entrevistador, o argentino disse ser “tortura” circular com uma grande quantidade de notas.
“Imagina que você tenha que fazer um pagamento em dinheiro e tenha que andar com um bolo de papéis. É uma etiqueta na testa dizendo ‘me roube’. Isso dificulta muito as transações e aumenta muito os custos”, afirmou o libertário.
Os custos e taxas de transações, segundo Milei, teriam sido uma estratégia de kirchneristas –movimento político ligado aos ex-presidentes da Argentina Néstor e Cristina Kirchner– para reduzir a velocidade de circulação de dinheiro. Com a medida, a grande transação de notas só seria necessária para o setor cambiário, na compra de dólares.
“Se desconsiderar o que acontece no setor cambiário, a quantidade de dinheiro será fixada. Fechando a torneira do BC [Banco Central] e do Fisco, a quantidade de dinheiro não cresce”, disse Milei.
Em fevereiro 2023, o Banco Central da Argentina já havia aprovado a impressão de uma nota de 2.000 pesos, sendo a mais alta até o momento. Apesar da fala do presidente, o Banco Central da Argentina não se manifestou ou formalizou a impressão das novas notas.
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