O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta quarta-feira (29) Luis Caputo como o futuro ministro da Economia. As declarações foram dadas em entrevistas a Rádio La Red e a Rádio Mitre depois que o libertário retornou de sua viagem aos Estados Unidos na terça-feira (28).
Perguntado sobre a decisão, Milei afirmou que escolheu Caputo pensando principalmente no problema econômica argentino causado pela taxa de juros. “É fundamental resolver este problema com muita competência porque, se cometermos um erro, acabamos na hiperinflação”, disse.
O nome de Luis Caputo foi sondado pela primeira vez em 23 de novembro. O economista, de 58 anos, é ex-presidente do Banco Central argentino e foi ministro das Finanças no governo do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019). O novo governo da Argentina toma posse em 10 de dezembro.
Durante a entrevista à Rádio Mitre, Milei também falou sobre sua viagem aos EUA. O libertário se encontrou na terça-feira (28) com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, na Casa Branca. O presidente eleito descreveu a reunião como “muito positiva”.
Disse ainda que apresentou o programa econômico de seu governo a Sullivan e falou sobre o alinhamento internacional argentino. “Mais uma vez, expressamos a nossa posição histórica de estarmos alinhados com Estados Unidos, Israel e Ocidente”, afirmou.
Segundo Milei, a delegação argentina assegurou “uma forte defesa da liberdade, da democracia liberal e do não alinhamento com os autocratas, aqueles que não respeitam a liberdade ou a democracia e os comunistas”. O presidente eleito afirmou que as declarações foram “muito bem recebidas” pela Casa Branca.
Milei também foi perguntado sobre as reuniões com representantes do Tesouro dos EUA e do FMI (Fundo Monetário Internacional). O libertário pretendia participar, mas os encontros foram conduzidos por Luis Caputo e Nicolás Posse (futuro chefe de gabinete).
Sobre as reuniões, Milei afirmou que houve “avanço”. Disse que o governo norte-americano “compreende perfeitamente a problemática da Argentina” e a questão dos passivos remunerados do Banco Central da Argentina.
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