As ações da Argentina tiveram um aumento expressivo de mais de 20%, enquanto o dólar paralelo voltou a ultrapassar a marca dos 1.000 pesos, nesta terça-feira, 21, após a vitória de Javier Milei.
Na bolsa de Buenos Aires, o índice S&P Merval registrou uma alta expressiva de 20,81% às 11h03 (horário de Brasília), devido aos ajustes de preços após o feriado. As empresas do setor de energia lideraram os ganhos. Vale ressaltar que os mercados externos também reagiram positivamente à vitória de Milei.
O dólar blue, como é conhecido o mercado paralelo de câmbio no país, teve uma valorização significativa, subindo de 950 a 1.050 pesos até o início desta tarde, em comparação com a última sexta-feira, 17. Essa alta representa um aumento de cerca de 11%.
Já o dólar oficial utilizado no mercado atacadista teve uma valorização de 2,1 pesos, abrindo em 356,05 pesos. Não houve nenhuma intervenção do governo para corrigir a cotação, como aconteceu após as eleições primárias de agosto. Naquela ocasião, uma medida acordada com o Fundo Monetário Internacional (FMI) contribuiu para uma disparada do dólar e uma paralisação nas vendas.
No fechamento de sexta-feira, 18, o peso oficial estava cotado a 354 por dólar, enquanto o peso paralelo blue era negociado a 950 na quinta-feira, último dia de negociações genuínas nesse mercado influente para tomada de decisões financeiras. A diferença entre as duas cotações subiu para 168,4%.
Segundo reportagem do G1, a Argentina prorrogou até 10 de dezembro um benefício para todo o complexo exportador, oferecendo uma taxa de câmbio preferencial para liquidar parte das divisas obtidas com suas vendas. Essa medida tem como objetivo incentivar os negócios e aumentar as reservas do país.
Com relação às ações das empresas argentinas listadas nos Estados Unidos, elas tiveram um aumento de até 40% nesta segunda-feira, sendo a empresa petrolífera YPF a líder nesse movimento. A dívida soberana também apresentou recuperação, impulsionada pelo otimismo em relação ao novo presidente da terceira maior economia da América Latina. A Argentina enfrenta desafios como inflação de três dígitos, recessão iminente e aumento da pobreza.
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