Três covardes e um corajoso

Habitam a Praça dos Três Poderes dois tipos de pessoas: três representantes de poderes de índole covarde e um corajoso.

O corajoso está no Palácio do Planalto, fazendo tudo que pode para o povo e pelo povo brasileiro, honrando suas promessas e lutando contra os que não têm compromisso com o Brasil.

No Congresso Nacional temos dois covardes: o Presidente da Câmara, Arthur Lyra, que demonstrou sua covardia ao não defender o direito de um parlamentar dizer o que pensa, e de manifestar sua opinião. Omitiu-se meramente permitindo que o Supremo invadisse as atribuições do Poder que ele deveria defender. Pura covardia, ou talvez precaução pessoal para não ser avaliado por atos anteriores, que estão sob exame daquela Corte. Omissão sem dúvida, mas com o odor da covardia. Deixou que uma situação que poderia ter sido resolvida na forma regimental, na Comissão de ética, e talvez no Plenário, se tornasse objeto de conflito entre os Poderes. Ele prefere os panos quentes, as conversinhas, as avaliações da popularidade, os interesses partidários ao invés de defender a Câmara dos Deputados, que o elegeu para presidir e representar o povo. O Outro, Rodrigo Pacheco consegue ser pior. Recusa-se a convocar os Ministros do STF, que violam a Constituição, para que expliquem aos demais Senadores o caráter partidário e ideológico de seus votos. Ignora os textos e requerimentos dos colegas Senadores, e engaveta as demandas dos mesmos. Mas faz ainda mais: organiza jantares com Ministros do STF para “defender o Supremo”, o que é isso? Se o Supremo se limitasse ao seu papel constitucional não precisaria ser “defendido”. Pacheco sinaliza claramente que não quer usar o Senado para avaliar as atitudes do STF, e de outros Tribunais superiores. Porquê? Permite a interferência, pois sua banca jurídica tem interesse em prosseguir com sua costumeira adulação aos Ministros, obviamente na expectativa de sentenças futuras favoráveis aos seus interesses.