Em curto prazo, a reforma tributária em curso tem o potencial de promover e consolidar uma concentração de poder inédita e em nível extremo. É curioso notar que mesmo os mais realistas defensores da liberdade parecem não ter plena consciência disso. O tempo vai passando e muitos estão focados em debater pormenores, sendo poucas as vozes que se levantam contra o efetivo problema, que é o fato de que essa reforma representa, acima de tudo, o maior avanço do socialismo na história do Brasil, sem qualquer exagero.
Muitos daqueles que denunciaram nos últimos anos os absurdos do avanço do ativismo judicial, a subversão cultural, as estratégias para impor a tirania, os ensaios para monopolizar a informação e as narrativas, bem como o completo aparelhamento ideológico de várias instituições, simplesmente ignoram que essa reforma será o salto mais elevado da ideologia de esquerda.
Especificamente para evitar que as consequências sejam sentidas imediatamente, a reforma será implementada a conta gotas nos próximos anos, juntamente com o fim do dinheiro em espécie e consequentemente o controle total de todas e quaisquer transações privadas, que serão concentradas exclusivamente no PIX, auditado pelo regime, sendo impossível esconder até a compra de um chiclete.
Se as eleições já costumam ser fraudadas ou se os mandatos dos eleitos já não valem de mais nada, valerão ainda menos. Vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores serão cada vez mais figuras decorativas, pois o conselho dos iluminados vai saber decidir se é melhor gastar o dinheiro arrecadado construindo uma estrada que corta uma produção agrícola, geradora de empregos no interior do Rio Grande do Sul, melhorando o escoamento, ou se o ideal é utilizar os recursos do contribuinte pra pagar o curso da faculdade de sociologia e “ressocializar” uma turma de homicidas e latrocidas que já foram presos e soltos dezenas de vezes em Salvador, na Bahia.
Com o fim dos resquícios mínimos de autonomia de estados e municípios, com o passar do tempo, o Brasil será completamente homogeneizado, de forma que o que há de pior destruirá o pouquinho de bom que ainda resta. Até o debate de que uns estados sustentam os outros perderá o sentido, na medida em que, com o passar do tempo, todas as desgraças passarão a ser compartilhadas.
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