Nota do editor: “A opinião de nossos articulistas não reflete, necessariamente, a opinião do grupo Brado”
Ao buscar o apaziguamento humilhante, ao cumprir decisões inconstitucionais absurdas e ao se submeter de forma rastejante aos seus inimigos satanicos, Bolsonaro ajudou a doutrinar o povo e o senso comum de que a rendição ao mal pode ser considerada uma virtude. Neste sentido, ele deixa uma herança desastrosa: conferiu ao STF, enquanto instituição, uma legitimidade estratosférica que o órgão jamais teve e, além disso, a sua ausência de reação ajudou a elevar seus membros à condição de ditadores, quase que formais, da nossa republiqueta, todos lastreados em poderes externos, notadamente dos globalistas e dos comunistas chineses.
Para os conservadores, a situação do Brasil de hoje fica MUITO PIOR do que no tempo em que não participavam do debate público e estavam subordinados ao teatro das tesouras (PSDB x PT).
Antes, não participavam do debate, mas, pelo menos, não eram formalmente perseguidos nas suas respectivas vidas. Regredimos demais!
Tal situação só não é considerada desesperadora porque as pessoas não possuem o total senso de que acerca. O estrago do Paulo Freire foi tão grande que, na cabeça dos direitistas, POLÍTICA e ELEIÇÃO são sinônimos. Por saberem que mesmo sem voto impresso é provável que Bolsonaro se reeleja, não entendem que no dia de ontem tivemos uma derrota histórica, a maior das últimas décadas ou talvez a maior derrota da nossa história.
A única preocupação de todos é com a eleição, menosprezando o fato de que quem eles acham que devem eleger já está empossado e, infelizmente, já neutralizado. Assim, pra justificar que o que aconteceu “não foi nada demais”, opinadores, despossuídos do senso de proporções, compararam o evento do dia 09/09/2021 com a saída do Sergio Moro, do governo, em maio ano passado, como se fossem equivalentes. A ideia é de que, se o presidente nao perdeu popularidade, tudo está perfeito. Não percebem que Bolsonaro já é o ser-humano mais popular da história do Brasil, no entanto, ao mesmo tempo, o menos poderoso. Popularidade também não é sinônimo de poder, mas a popularidade deve servir de lastro ao poder. Não concretizar isso foi o maior erro do presidente. Falhou em não saber usar a principal arma à sua disposição.
Ainda sobre o caso da saída do Moro, lá atrás, apenas isentões pularam do barco que já não gostavam de estar. Agora, a base raiz, as tias do zap, os boomers, os jovens e etc, todos estão decepcionados e em estado de negação, sem entender a a recuada. Isso, contudo, não importa, pois todos sabem que, mesmo sem entusiamo, por falta de opção, todos permanecerão apoiando Bolsonaro e, provavelmente, ele será reeleito.
Para ajudar na distopia, os influencers da direita, tal como esquerdistas, por não possuírem apego à verdade, se valem de manipulações rasteiras para continuarem nutrindo de falsas esperanças e falsa sensação de vitória, iludindo as tias do zap, para não perder os likes, os views e o PIX delas. Para tanto, até resgatam postagens antigas do Olavo de Carvalho, fora de contexto, como se fossem de hoje. Esses “coaches” fazem um jogo sujo de venda de ilusões.
Para não dizer que tudo foi ruim, podemos destacar que Bolsonaro foi responsável pela ressureição do patriotismo brasileiro e, pela primeira na história, quem trabalha, quem produz, quem preza os valores cristãos se sentiu representado por algum político. O problema é saber o que ele fez ou fará (porque ainda não acabou) com o que ele próprio também ajudou a construir.
*Leonardo Dias ([email protected])
Nota do editor: “A opinião de nossos articulistas não reflete, necessariamente, a opinião do grupo Brado”
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